Durante a 'confecção' do jornal, foram feitas várias pesquisas incansáveis na Internet. Mas além dessa ferramenta, nós todos utilizamos entrevistas e conversas com as pessoas de diferentes áreas. Tudo para que o jornal fosse o mais fiel possível ao intuito da matéria. Eu, como responsável pela parte do 'Cinema', entrei em contato com o diretor do filme 'O Céu do Dia em que nascemos' (matéria principal da parte do cinema); o diretor e a produtora do filme mostraram-se super acessíveis a minha entrevista e disponibilizaram-se a me ajudar. Porém, no dia seguinte ao que eu enviei meu e-mail com as perguntas, o diretor recebeu no Rio de Janeiro o Grande Prêmio Vivo de Cinema, considerado o Oscar do Cinema Brasileiro, o que o impossibilitou de me responder rapidamente. Uma pena, mas o jornal não podia esperar! Tive que procurar conversar com alguns críticos de cinema que também me atenderam ao meu pedido muitíssimo bem. E agora disponibilizo a vocês as entrevistas na íntegra que foram feitas com eles! Vale a pena ler até o final...Ah, colocarei a cada dia 2 entrevistas.
Mário L. Pertile
www.iniciocritico.blogspot.com
www.cenadecinema.com.br
1)O cinema em geral utiliza fontes cientificas para seus trabalhos?
O cinema é uma folha em branco que vem sendo preenchida desde a sua invenção. Cada diretor escreve uma linha, um caractere, uma palavra e esta folha vai sendo recheada de estilos, formatos e histórias. Parece um pensamento extremamente poético, mas é necessário para entender que qualquer argumento escrito exige muita pesquisa e dedicação para chegar ao papel. Quando há a necessidade de argumentação específica, como na ficção, por exemplo, os melhores resultados sempre se dão baseados em fontes concretas do ramo pesquisado. É muito fácil notar em uma obra cinematográfica quando este trabalho de pré-argumentação é falho ou nulo, pois mesmo em obras de ficção científica, onde tudo é possível e a realidade nem sempre é o que interessa, é de suma importância que se respeite limites físicos, teóricos e práticos para que o espectador não se sinta ludibriado e de certa forma enganado escancaradamente. Quanto mais surreal ou específica uma película pretende ser, maior deve ser a fidelidade à fontes científicas já trabalhadas ao longo dos séculos. Mas isso não diz respeito apenas a ficção em si e se expande para todos os nichos e gêneros como história, geografia, religião... O fato é: Quanto mais profunda for a pesquisa antes do desenvolvimento do argumento, maiores são as chances de o filme ser considerado maduro e fiel a sua realidade, mesmo que a realidade física não seja o foco principal.
2)Qual sua opinião sobre o cenário cinematográfico nacional atual?
O cinema nacional é feito de altos e baixos. Existem poucas grandes empresas com muito dinheiro para investir e estas fazem sua parte de forma extremamente comercial, criando um circulo vicioso que parece nunca ter fim e provavelmente não terá. Diretores e cineastas alternativos em geral, na maioria das vezes, passam uma vida inteira tentando inserir suas obras no circuito comercial sem ter o devido reconhecimento. Muitos conseguem, a custo de muitas parcerias e investimento próprio (de tempo e dinheiro). Mas outros tantos acabam passando a vida inteira no circuito alternativo por falta de oportunidade da industria, sendo marginalizados por não terem um apelo comercial em suas obras ou por não conseguirem o famoso pistolão. Este panorama vem mudando ao longo dos anos, com o advento de ferramentas como YouTube, onde jovens cineastas que nunca teriam oportunidade de mostrar o seu trabalho passam de meros videomakers à figuras tarimbadas do mainstream da noite pro dia, ganhando reconhecimento internacional. O mercado de curtas também aumentou por conseqüência destas tecnologias e salas de cinema comerciais estão procurando dar mais espaço a este formato em festivais que recebem cada vez mais incentivo. O grande marco da produção nacional da nossa época sem dúvida foi Cidade de Deus, que quebrou paradigmas enraizados há muito tempo na cabeça do público brasileiro e abriu portas para produções mais autorais e cineastas que tem algo a dizer. O Cinema nacional está tomando fôlego novamente e as universidades estão investindo em seus alunos, futuros profissionais da industria, de maneira respeitosa, dando a devida liberdade para uma nova safra do cinema nacional mais maduro e autoral para as próximas décadas.
3)O diretor Marcos Jorge morou na Itália por alguns anos. Você acha que isso ajudou na direção dos filmes deles?
Sem dúvida. A Europa como um todo é o grande berço do cinema e um continente de grande sensibilidade para desenvolver e explorar contextos autorais. Mas acredito que não apenas isto tenha influenciado a carreira de Marcos Jorge. A grande experiência do diretor com filmes publicitários traz para sua forma de fazer cinema aspectos importantes como síntese, primazia de edição e plasticidade, essenciais no meio publicitário onde o cineasta possui um tempo extremamente reduzido para contar uma historia de forma clara, esteticamente bem resolvida e que convença as pessoas a comprar um determinado produto ou aderir à imagem de uma empresa.
4)Qual a sua opinião sobre o trabalho do diretor Marcos Jorge?
Marcos Jorge é um grande diretor da nossa época, que prima pela estética em todas as suas obras, independente do roteiro. Ele faz com que a plasticidade, muitas vezes agressiva, consiga se destacar como um personagem que ajuda a desenvolver a história sem a necessidade de uma explicação textual, como nos filmes O Encontro e Infinitamente Maio. No primeiro, que não é falado em português, o contexto é totalmente compreendido através das vestimentas dos personagens, que ilustram mini-personalidades em momentos específicos de um encontro íntimo. Nesta obra, Marcos Jorge capta o sentimento dos protagonistas e ilustra os mesmos através de cores e estereótipos físicos, sem exprimir uma palavra sequer. Ainda sobre O Encontro, a edição é um dos pontos chave do filme que, se feita de outra forma que não a escolhida, poderia por o filme todo a perder e torná-lo algo extremamente rude e mal acabado. Mas as escolhas do diretor para a película se mostram acertadas acima de qualquer comentário.Já em Infinitamente Maio, o que se destaca é a forma com que os corações resumem cada esquete da trama, concluindo de forma visual o que ocorreu nos segundos anteriores. É um roteiro difícil de produzir, um looping contínuo de ânsias e anseios, além de um jogo de palavras de atores bem dirigidos, o que poderia, na mão do diretor errado, parecer extremamente teatral, mas que da forma como foi conduzido, se mostra natural e instigante.Seu primeiro longa, Estômago, sem dúvida sua grande obra até agora, consegue tirar de João Miguel e da revelação Fabiula Nascimento o máximo de atuação possível de forma muito intimista, passando a bola para o espectador deduzir seus sentimentos.
5)Quais são as expectativas para o filme O Céu do dia em que nascemos?
Grandes. Depois de todos este comentários anteriores remetidos à obra do diretor, é clara a ansiedade por suas novas produções, apesar da produção deste filme ter seu início antes mesmo de “Estômago”, promete ser mais um título que chega ao circuito com uma bagagem de prêmios a ganhar. Torcemos por ele.
6)Por que filmes como Star Wars, Star Trek, etc fazem/fizeram tanto sucesso?
Para analisar estes filmes é necessário uma análise do contexto em que eles foram lançados. Na década de 70 não existia celular, os computadores existentes eram gigantescos e não se tinha conhecimento do que era ou não possível daqui 10, 20 ou 30 anos. Diretores visionários como George Lucas, Steven Spielberg e companhia sempre surpreenderam por suas idéia revolucionárias na ficção científica. A humanidade como um todo precisa de algo para imaginar e isso é uma explicação para o cinema estar vivo até hoje. Estas obras mexeram com o imaginário das pessoas criando verdadeiros fanáticos (no melhor sentido da expressão) por elas. Este sentimento é passado de geração para geração e ilustra a ânsia do ser humano por respostas. Mas não só isso. Este tipo de roteiro é imbuído por grandes lições morais e valores que foram perdidos mesmo antes de serem conquistados. Fidelidade, amizade, amor, garra, confiança em algo maior que a percepção, são sentimentos que nunca saem de moda e no cinema não é diferente. São obras que ou você ama, ou você odeia. Não existe meio termo. São sentimentos positivos que geram fanatismos saudáveis e movimentam a industria. Star Wars está para sua época como obras do J.J. Abrams estão para o século XXI, por exemplo. Daqui há 20 anos Lost será lembrado pela geração atual como nossos pais lembram de Guerra nas Estrelas. O desconhecido instiga e atravessa gerações. As pessoas realmente vivem aquilo em suas vidas, e esta é a grande magia que o cinema proporciona.
Robledo Milani
http://www.cineronda.com.br/author/robledo/
1)O cinema em geral utiliza fontes cientificas para seus trabalhos?
Claro, certamente. Muitos filmes tem embasamento científico, até para ir de encontro com a tendência mundial de busca pelo realismo. É importante ser verossímil no cinema atual. Porém, muitas as invencionices mostradas na tela grande hoje em dia, apesar de críveis, não passam de fantasias criadas pelos roteiristas e diretores, sem possibilidade de se tornarem 'reais' num futuro próximo.
2)Qual sua opinião sobre o cenário cinematográfico nacional atual?
O cenário cinematográfico nacional atual é bastante diversificado, com diferentes propostas, tendências e ideias. O problema é que ainda são poucos os filmes que conseguem se comunicar eficientemente com o público consumidor. E os motivos são vários: falta de investimento publicitário, campanhas de marketing equivocadas, e principalmente falta de espaço nos exibidores. E sem uma distribuição eficiente, por maior que seja o interesse do espectador, o filme não será assistido. E sem ser visto ele deixa de cumprir sua função primordial, que é entreter e provocar reações no público.
3)O diretor Marcos Jorge morou na Itália por alguns anos. Você acha que isso ajudou na direção dos filmes deles?
Com certeza, toda experiência e vivência prévia contribui no trabalho de um realizador. Marcos Jorge fez um filme muito interessante. "Estômago" é uma obra brasileiríssima, mas que consegue transmitir sua mensagem para qualquer espectador, de qualquer parte do mundo. É um belo filme.
4)Qual a sua opinião sobre o trabalho do diretor Marcos Jorge?
Conheço apenas "Estômago", um filme instigante e muito interessante. Minha opinião sobre o filme está em www.cineronda.com.br/estomago
5)Quais são as expectativas para o filme O Céu do dia em que nascemos?
Não ouvi falar nada a respeito deste novo projeto. Sendo do Marcos Jorge, e pelo bom resultado apresentado no seu longa anterior, é de se apostar que sua próximo filme será ainda mais interessante. Mas é esperar para ver.
6)Por que filmes como Star Wars, Star Trek, etc fazem/fizeram tanto sucesso?
Porque são filmes fantasiosos, e cinema também é ilusão, magia e encantamento. Filmes como os citados são portas de entradas para mundos paralelos e alternativos, que despertam curiosidade e deslumbre. Só o cinema pode oferecer uma viagem tão completa e mágica como estas.
Amanhã volto com as outras 3 entrevistas.
FAVOR NÃO FAZER USO INDEVIDO DAS ENTREVISTAS.
Por Natália Marques
Mário L. Pertile
www.iniciocritico.blogspot.com
www.cenadecinema.com.br
1)O cinema em geral utiliza fontes cientificas para seus trabalhos?
O cinema é uma folha em branco que vem sendo preenchida desde a sua invenção. Cada diretor escreve uma linha, um caractere, uma palavra e esta folha vai sendo recheada de estilos, formatos e histórias. Parece um pensamento extremamente poético, mas é necessário para entender que qualquer argumento escrito exige muita pesquisa e dedicação para chegar ao papel. Quando há a necessidade de argumentação específica, como na ficção, por exemplo, os melhores resultados sempre se dão baseados em fontes concretas do ramo pesquisado. É muito fácil notar em uma obra cinematográfica quando este trabalho de pré-argumentação é falho ou nulo, pois mesmo em obras de ficção científica, onde tudo é possível e a realidade nem sempre é o que interessa, é de suma importância que se respeite limites físicos, teóricos e práticos para que o espectador não se sinta ludibriado e de certa forma enganado escancaradamente. Quanto mais surreal ou específica uma película pretende ser, maior deve ser a fidelidade à fontes científicas já trabalhadas ao longo dos séculos. Mas isso não diz respeito apenas a ficção em si e se expande para todos os nichos e gêneros como história, geografia, religião... O fato é: Quanto mais profunda for a pesquisa antes do desenvolvimento do argumento, maiores são as chances de o filme ser considerado maduro e fiel a sua realidade, mesmo que a realidade física não seja o foco principal.
2)Qual sua opinião sobre o cenário cinematográfico nacional atual?
O cinema nacional é feito de altos e baixos. Existem poucas grandes empresas com muito dinheiro para investir e estas fazem sua parte de forma extremamente comercial, criando um circulo vicioso que parece nunca ter fim e provavelmente não terá. Diretores e cineastas alternativos em geral, na maioria das vezes, passam uma vida inteira tentando inserir suas obras no circuito comercial sem ter o devido reconhecimento. Muitos conseguem, a custo de muitas parcerias e investimento próprio (de tempo e dinheiro). Mas outros tantos acabam passando a vida inteira no circuito alternativo por falta de oportunidade da industria, sendo marginalizados por não terem um apelo comercial em suas obras ou por não conseguirem o famoso pistolão. Este panorama vem mudando ao longo dos anos, com o advento de ferramentas como YouTube, onde jovens cineastas que nunca teriam oportunidade de mostrar o seu trabalho passam de meros videomakers à figuras tarimbadas do mainstream da noite pro dia, ganhando reconhecimento internacional. O mercado de curtas também aumentou por conseqüência destas tecnologias e salas de cinema comerciais estão procurando dar mais espaço a este formato em festivais que recebem cada vez mais incentivo. O grande marco da produção nacional da nossa época sem dúvida foi Cidade de Deus, que quebrou paradigmas enraizados há muito tempo na cabeça do público brasileiro e abriu portas para produções mais autorais e cineastas que tem algo a dizer. O Cinema nacional está tomando fôlego novamente e as universidades estão investindo em seus alunos, futuros profissionais da industria, de maneira respeitosa, dando a devida liberdade para uma nova safra do cinema nacional mais maduro e autoral para as próximas décadas.
3)O diretor Marcos Jorge morou na Itália por alguns anos. Você acha que isso ajudou na direção dos filmes deles?
Sem dúvida. A Europa como um todo é o grande berço do cinema e um continente de grande sensibilidade para desenvolver e explorar contextos autorais. Mas acredito que não apenas isto tenha influenciado a carreira de Marcos Jorge. A grande experiência do diretor com filmes publicitários traz para sua forma de fazer cinema aspectos importantes como síntese, primazia de edição e plasticidade, essenciais no meio publicitário onde o cineasta possui um tempo extremamente reduzido para contar uma historia de forma clara, esteticamente bem resolvida e que convença as pessoas a comprar um determinado produto ou aderir à imagem de uma empresa.
4)Qual a sua opinião sobre o trabalho do diretor Marcos Jorge?
Marcos Jorge é um grande diretor da nossa época, que prima pela estética em todas as suas obras, independente do roteiro. Ele faz com que a plasticidade, muitas vezes agressiva, consiga se destacar como um personagem que ajuda a desenvolver a história sem a necessidade de uma explicação textual, como nos filmes O Encontro e Infinitamente Maio. No primeiro, que não é falado em português, o contexto é totalmente compreendido através das vestimentas dos personagens, que ilustram mini-personalidades em momentos específicos de um encontro íntimo. Nesta obra, Marcos Jorge capta o sentimento dos protagonistas e ilustra os mesmos através de cores e estereótipos físicos, sem exprimir uma palavra sequer. Ainda sobre O Encontro, a edição é um dos pontos chave do filme que, se feita de outra forma que não a escolhida, poderia por o filme todo a perder e torná-lo algo extremamente rude e mal acabado. Mas as escolhas do diretor para a película se mostram acertadas acima de qualquer comentário.Já em Infinitamente Maio, o que se destaca é a forma com que os corações resumem cada esquete da trama, concluindo de forma visual o que ocorreu nos segundos anteriores. É um roteiro difícil de produzir, um looping contínuo de ânsias e anseios, além de um jogo de palavras de atores bem dirigidos, o que poderia, na mão do diretor errado, parecer extremamente teatral, mas que da forma como foi conduzido, se mostra natural e instigante.Seu primeiro longa, Estômago, sem dúvida sua grande obra até agora, consegue tirar de João Miguel e da revelação Fabiula Nascimento o máximo de atuação possível de forma muito intimista, passando a bola para o espectador deduzir seus sentimentos.
5)Quais são as expectativas para o filme O Céu do dia em que nascemos?
Grandes. Depois de todos este comentários anteriores remetidos à obra do diretor, é clara a ansiedade por suas novas produções, apesar da produção deste filme ter seu início antes mesmo de “Estômago”, promete ser mais um título que chega ao circuito com uma bagagem de prêmios a ganhar. Torcemos por ele.
6)Por que filmes como Star Wars, Star Trek, etc fazem/fizeram tanto sucesso?
Para analisar estes filmes é necessário uma análise do contexto em que eles foram lançados. Na década de 70 não existia celular, os computadores existentes eram gigantescos e não se tinha conhecimento do que era ou não possível daqui 10, 20 ou 30 anos. Diretores visionários como George Lucas, Steven Spielberg e companhia sempre surpreenderam por suas idéia revolucionárias na ficção científica. A humanidade como um todo precisa de algo para imaginar e isso é uma explicação para o cinema estar vivo até hoje. Estas obras mexeram com o imaginário das pessoas criando verdadeiros fanáticos (no melhor sentido da expressão) por elas. Este sentimento é passado de geração para geração e ilustra a ânsia do ser humano por respostas. Mas não só isso. Este tipo de roteiro é imbuído por grandes lições morais e valores que foram perdidos mesmo antes de serem conquistados. Fidelidade, amizade, amor, garra, confiança em algo maior que a percepção, são sentimentos que nunca saem de moda e no cinema não é diferente. São obras que ou você ama, ou você odeia. Não existe meio termo. São sentimentos positivos que geram fanatismos saudáveis e movimentam a industria. Star Wars está para sua época como obras do J.J. Abrams estão para o século XXI, por exemplo. Daqui há 20 anos Lost será lembrado pela geração atual como nossos pais lembram de Guerra nas Estrelas. O desconhecido instiga e atravessa gerações. As pessoas realmente vivem aquilo em suas vidas, e esta é a grande magia que o cinema proporciona.
Robledo Milani
http://www.cineronda.com.br/author/robledo/
1)O cinema em geral utiliza fontes cientificas para seus trabalhos?
Claro, certamente. Muitos filmes tem embasamento científico, até para ir de encontro com a tendência mundial de busca pelo realismo. É importante ser verossímil no cinema atual. Porém, muitas as invencionices mostradas na tela grande hoje em dia, apesar de críveis, não passam de fantasias criadas pelos roteiristas e diretores, sem possibilidade de se tornarem 'reais' num futuro próximo.
2)Qual sua opinião sobre o cenário cinematográfico nacional atual?
O cenário cinematográfico nacional atual é bastante diversificado, com diferentes propostas, tendências e ideias. O problema é que ainda são poucos os filmes que conseguem se comunicar eficientemente com o público consumidor. E os motivos são vários: falta de investimento publicitário, campanhas de marketing equivocadas, e principalmente falta de espaço nos exibidores. E sem uma distribuição eficiente, por maior que seja o interesse do espectador, o filme não será assistido. E sem ser visto ele deixa de cumprir sua função primordial, que é entreter e provocar reações no público.
3)O diretor Marcos Jorge morou na Itália por alguns anos. Você acha que isso ajudou na direção dos filmes deles?
Com certeza, toda experiência e vivência prévia contribui no trabalho de um realizador. Marcos Jorge fez um filme muito interessante. "Estômago" é uma obra brasileiríssima, mas que consegue transmitir sua mensagem para qualquer espectador, de qualquer parte do mundo. É um belo filme.
4)Qual a sua opinião sobre o trabalho do diretor Marcos Jorge?
Conheço apenas "Estômago", um filme instigante e muito interessante. Minha opinião sobre o filme está em www.cineronda.com.br/estomago
5)Quais são as expectativas para o filme O Céu do dia em que nascemos?
Não ouvi falar nada a respeito deste novo projeto. Sendo do Marcos Jorge, e pelo bom resultado apresentado no seu longa anterior, é de se apostar que sua próximo filme será ainda mais interessante. Mas é esperar para ver.
6)Por que filmes como Star Wars, Star Trek, etc fazem/fizeram tanto sucesso?
Porque são filmes fantasiosos, e cinema também é ilusão, magia e encantamento. Filmes como os citados são portas de entradas para mundos paralelos e alternativos, que despertam curiosidade e deslumbre. Só o cinema pode oferecer uma viagem tão completa e mágica como estas.
Amanhã volto com as outras 3 entrevistas.
FAVOR NÃO FAZER USO INDEVIDO DAS ENTREVISTAS.
Por Natália Marques
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